Compositor: Não Disponível
Quantas poesias, rasgadas
Ave Maria!
A maldade, a ingenuidade
Ave Maria!
Nos
Sempre a poucos passos, do céu
Depois
Diante dos olhos, aquele véu!
Heróis, vindos do nada
Ave Maria!
Flores recém floridos, e já murchados
Ave Maria!
Cúmplices desta cega ignorância
Cúmplices, do vazio de uma presença
Podes iluminar-nos
Maria!
Podes, mais uma vez, podes
Maria!
Filhos! Calados!
Abandonados! Ou até esquecidos!
Que horror! E mesmo assim
Tu também
Acabaste por não ver!
Reforçando assim
O silêncio
Que está cá!
Ave Maria!
Ave Maria!
Onde se morre! Antes de poder entender
Ave Maria!
Onde a razão
Não precisa aprender mais nada!
Ave Maria!
Sim! Somos mesquinhos e até vilões
No entanto
Nunca estivemos assim tão sós
Sós!
Ave Maria! Ave Maria! Ave Maria!
Fica! Com as pessoas pobres
Fica!
Dá
Cor a quem não tem nada
Nada!
Sabes
Aquela consciência, escapa de nós!
E o medo
Já
Se tornou lei!
Ave Maria!
Mais luz a esperança
É tão obscura, esta vida!
Ave Maria!
Mais um Abraço!
Podes-lo fazer, Maria?
Mais uma vez Maria